caipira sertanejo, das bandas do rio corrente, municipio de Itarumã-go. Apriciadôr de coisas da Natureza, pura e simples como são de verdade. Ama ver nascer o sol... Tem uma baita nostalgia...quando o sol vai arrastano o seu manto dourado... vai morrendo mais um dia!!!...ao entardecer!!! eterno apriciador das noites inluaradas...
terça-feira, 22 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
O QUE NOS AGUARDARÁ...NO ALÉM...
No limiar da existência, indo pro finalzinho da caminhada terrena...
Nos encontramos exaustos e enfadados da vida neste mundo!
Pois já se foram nossas alegrias e esperanças, nesta existência terrena!
O que podíamos conquistar... Já conquistamos...
Ou até mesmo nos frustramos, por não havermos conseguido...
Mas quem disse que a vida seria fácil!?!
Às vezes nos deparamos...
Com grandes obstáculos e barreiras a serem vencidas!
Muitas vezes lutamos com todas as nossas forças e esperanças...
Sempre crendo na Vitória!
Porém ao aproximarmos do limiar da existência...
Ao crepúsculo do anoitecer... De nossas vidas...
Olhamos para trás e vemos nossas conquistas...
Mas também nossas derrotas e fracassos!
Então surgem em nossas mentes...
Algumas interrogações que não querem se calar...
- De que adiantou tudo isso?!!!
- Você se empenhou tanto...
- E o que tens... Todas suas estimadas conquistas e vitórias...
- Pra quem será...? - Do fruto de suas conquistas...
- O que te seguirá...?
Então ao me aproximar do limiar da minha existência...
Ao crepúsculo do entardecer...
De minha penosa e triste existência...
Deitado na minha rede... Fico a meditar...
Contemplando o horizonte eu vejo...
O sol arrastando o seu manto dourado sobre as campinas... Sobre a mata...
Tudo vai silenciando... Até a noite cair...
Pensemos mais nas coisas de cima... Do alto... De Deus!!!
Porque a única coisa que trouxemos ao mundo...
É também o que levaremos... A nossa alma!
E com ela também seguirão as nossas obras...
Querem sejam elas boas ou más...
Pois até o que levarmos conosco...
Ficará na terra... Na última morada...
Nossas vestes... E o nosso pobre e cansado corpo!!!
Mesmo que o paletó de madeira tivesse gavetas...
Tudo o que fosse colocado lá... Lá ficaria!
Pensemos mais sobre isto... Cuidando com zelo...Da nossa alma!
Pois um dia teremos que devolvê-la ao Nosso Criador...
E prestaremos conta de nossos atos e nossas obras...!
Pois de que nos adiantará acumular riquezas e bens...
E ter que ouvir aquela voz dizendo:
- Louco!!! Esta noite te pedirá a tua alma!!!
- E o que tens preparado... Pra quem será!!!???
E se formos muito ricos... Abastados...
Cheio de tudo de bom que o mundo puder nos oferecer...
Porém, paupérrimos para com Deus!!!
O que nos aguardará no além?!?
Porque lá não entra bens... Nem os prazeres da vida terrena...
Vamos ater-nos mais com as coisas celestiais... Pois são Eternas!
Tudo isso aqui passará... É só fechar os olhos e tudo perece...
Principalmente o nosso corpo... Que pode nos levar ao fracasso!
Pois tudo aqui é efêmero... Passageiro... Transitório e banal!
Mas no além... Será a Vida Eterna com Deus... No Paraíso!!!
Se tivermos feito boas obras... Amor...Bondade...Fidelidade...
Santidade...Adoração e louvor ao nosso Criador!!!
Se tivermos usado de misericórdia com o nosso semelhante...
Dando um pouco do que tínhamos aqui... Amando... Perdoando!!!
Caso contrario, teremos a eternidade sem fim...
Para sofrer os horrores eternos...
Pois nossos maus atos... Pecados... Falta de perdão...
E falta de misericórdia com o próximo... Falta de amor...
A falta de temor e obediência a Deus... A falta de adoração...
Ao Supremo Criador de nossas vidas!
Nos preparemos então...
Pois tão certo de como estamos vivos hoje...
É que o crepúsculo do entardecer virá...
Para muitos... Bem mais cedo do que, infelizmente... Esperam...!
Sejamos sóbrios e vigilantes!!!
Pois Jesus voltará! Pro arrebatamento...
Individualmente... Para cada um de nós!!!
Nelma de Assis
Bauru-SP.
31/05/2010
Nos encontramos exaustos e enfadados da vida neste mundo!
Pois já se foram nossas alegrias e esperanças, nesta existência terrena!
O que podíamos conquistar... Já conquistamos...
Ou até mesmo nos frustramos, por não havermos conseguido...
Mas quem disse que a vida seria fácil!?!
Às vezes nos deparamos...
Com grandes obstáculos e barreiras a serem vencidas!
Muitas vezes lutamos com todas as nossas forças e esperanças...
Sempre crendo na Vitória!
Porém ao aproximarmos do limiar da existência...
Ao crepúsculo do anoitecer... De nossas vidas...
Olhamos para trás e vemos nossas conquistas...
Mas também nossas derrotas e fracassos!
Então surgem em nossas mentes...
Algumas interrogações que não querem se calar...
- De que adiantou tudo isso?!!!
- Você se empenhou tanto...
- E o que tens... Todas suas estimadas conquistas e vitórias...
- Pra quem será...? - Do fruto de suas conquistas...
- O que te seguirá...?
Então ao me aproximar do limiar da minha existência...
Ao crepúsculo do entardecer...
De minha penosa e triste existência...
Deitado na minha rede... Fico a meditar...
Contemplando o horizonte eu vejo...
O sol arrastando o seu manto dourado sobre as campinas... Sobre a mata...
Tudo vai silenciando... Até a noite cair...
Pensemos mais nas coisas de cima... Do alto... De Deus!!!
Porque a única coisa que trouxemos ao mundo...
É também o que levaremos... A nossa alma!
E com ela também seguirão as nossas obras...
Querem sejam elas boas ou más...
Pois até o que levarmos conosco...
Ficará na terra... Na última morada...
Nossas vestes... E o nosso pobre e cansado corpo!!!
Mesmo que o paletó de madeira tivesse gavetas...
Tudo o que fosse colocado lá... Lá ficaria!
Pensemos mais sobre isto... Cuidando com zelo...Da nossa alma!
Pois um dia teremos que devolvê-la ao Nosso Criador...
E prestaremos conta de nossos atos e nossas obras...!
Pois de que nos adiantará acumular riquezas e bens...
E ter que ouvir aquela voz dizendo:
- Louco!!! Esta noite te pedirá a tua alma!!!
- E o que tens preparado... Pra quem será!!!???
E se formos muito ricos... Abastados...
Cheio de tudo de bom que o mundo puder nos oferecer...
Porém, paupérrimos para com Deus!!!
O que nos aguardará no além?!?
Porque lá não entra bens... Nem os prazeres da vida terrena...
Vamos ater-nos mais com as coisas celestiais... Pois são Eternas!
Tudo isso aqui passará... É só fechar os olhos e tudo perece...
Principalmente o nosso corpo... Que pode nos levar ao fracasso!
Pois tudo aqui é efêmero... Passageiro... Transitório e banal!
Mas no além... Será a Vida Eterna com Deus... No Paraíso!!!
Se tivermos feito boas obras... Amor...Bondade...Fidelidade...
Santidade...Adoração e louvor ao nosso Criador!!!
Se tivermos usado de misericórdia com o nosso semelhante...
Dando um pouco do que tínhamos aqui... Amando... Perdoando!!!
Caso contrario, teremos a eternidade sem fim...
Para sofrer os horrores eternos...
Pois nossos maus atos... Pecados... Falta de perdão...
E falta de misericórdia com o próximo... Falta de amor...
A falta de temor e obediência a Deus... A falta de adoração...
Ao Supremo Criador de nossas vidas!
Nos preparemos então...
Pois tão certo de como estamos vivos hoje...
É que o crepúsculo do entardecer virá...
Para muitos... Bem mais cedo do que, infelizmente... Esperam...!
Sejamos sóbrios e vigilantes!!!
Pois Jesus voltará! Pro arrebatamento...
Individualmente... Para cada um de nós!!!
Nelma de Assis
Bauru-SP.
31/05/2010
sábado, 22 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
SERAFINA
Caro leitor eu começo,
Esta istoria lhe contar...
Não pensa que será fácil
Tudo que vou lhe falar!
Vou falar d’uma menina
O seu nome: Serafina,
A qual teve triste sina
Mas só queria ser feliz!
Nos cafundó do sertão
Havia um casal feliz,
Ali nasceu Serafina
A filha que sempre quis!
A menina era bela
Dona de terna meiguice,
Cescendo deixou o seu lar,
Cometendo grande tolice!
Completou dezoito anos
Quis a vida desfrutar!
Disse: Mamãe! Vou embora
Quero minha vida gozar!
Ser feliz era seu plano
Cometeu terrível engano,
Satanás traçou um plano
Pra sua vida ceifar!
Pois era menina bela
Filha de casal crente!
E sempre lhe prevenia
Pois a Deus, eram tementes!
Sempre aconselhava:
- O mundo é mau e ruim!
Só Jesus dá segurança
O inimigo só quer seu fim!
Não quis obedecer
Serafina não entendia,
Passou a mão na sacola...
E sumiu na rodovia!
Sua mãe sofria tanto!
Dava pena a gente ver!
Orava: Senhor salva minha filha
Mesmo na hora de morrer!
Seu coração lhe dizia
Que triste sina teria
Pois deixou a sua casa
Pra viver como queria!
Pai e mãe se abraçaram
O remédio era chorar!
Dobraram os seus joelhos....
E começaram orar!
- Senhor! Nós temos crido!
Mas o Impossível é para tí!
Tome conta de Serafina
Que acabou de partir!
Guarda essa menina
Pois não nos pertence mais...
Nós a consagramos a ti
Livre ela de satanás!
A noite veio chegando
Na cidade Serafina entrou...
Não sabendo pra onde ir...
Num banco de praça sentou!
E Serafina pensava:
Eu preciso encontrar
Uma pensão baratinha
Onde eu possa me hospedar!
E não demorou muito tempo
Um rapaz ali parou...
Vendo que era moça simples
Um plano arquitetou!
Essa menina é da roça
È hoje que me dou bem...
Vou levá-la para casa...
Ela parece não ter ninguém!
Descendo do seu carrão
A ela foi se apresentar:
Boa noite! Sou Severino...
Você acabou de chegar?
Boa noite! Sou Serafina
Eu parei pra descansar...
Você conhece uma pensão
Onde possa me hospedar?
Quero um lugar simples
Onde eu possa pagar,
Até conseguir um emprego
E minha vida ajeitar.
Eu venho de um sitio
Fica distante daqui...
Não quero morar na roça
Por isso cheguei aqui.
Muito prazer Serafina!
Acabou o seu problema!
Você quer ir para minha casa?
Pois ela não é pequena...
Você não vai pagar nada...
E vai ter o que comer...
Vou te ajudar, oh! Menina
Porque gostei de você!
Agradeço, Severino,
Mas num posso aceitar!
Meu pai me ensinou,
Dos outros não aproveitar!
Deixa de bobagem, menina!
Para mim será um prazer!
Eu só quero te ajudar...
Porque gostei de você...
Agradeço oh! Severino,
Ví que é um homem bom...
Preocupando comigo,
Não quer que eu vá pra pensão!
Ele abriu a porta do carro
Com a maior educação...
Mas quando chegou em casa...
Quão grande transformação!
Trancou portas e janelas...
Na cara dura falou:
Estou condenado à morte...
Sozinho é que eu não vou!
Tudo está trancado...
E daqui você não sai!
Se eu vou morrer de AIDS
Pode crer... que também vai!
Eu sou um cara muito rico
Que valor isso tem?
Não vou pro inferno sozinho...
Vou... Mas te levo também!
Serafina assustada,
Nem conseguia entender...
Que mal fez para alguém...
Que triste sina ia ter!
Ele ficou agressivo
Pra cima dela partiu...
Foi lhe arrancando a roupa,
Nua, nua ela se viu!
Serafina muito chorava
Pois não podia entender...
Aquilo que acontecia...
Ninguém pra lhe socorrer!
Ele disse: não chore não!
Pois tua mãe não vai ver...
Aqui nessa fortaleza...
Só estamos eu e você!
Ela usou e abusou
Coitada da Serafina...
Desonrou a pobre moça...
Impondo-lhe a triste sina.
Severino era cruel...
Só vivia lhe batendo...
E ela não entendia...
A barriga ia crescendo...
Quando ele descobriu
Que ela se engravidou...
Dava crises de risos
Para aumentar seu terror!
Ele ia definhando,
Definhando cada dia!
Quando olhava pra sua barriga...
De sarcasmo, ele ria!
Eu sei que estou morrendo!
Comigo levo você...
E esse filho aidético...
Coitado... quem vai quere?
Serafina chora muito
Lembrando o que perdeu...
Seu lar... seu pai... sua mãe...
E a saúde que Deus lhe deu!
Perdia o sono à noite
Chorava o destino seu...
Pois não ouviu os conselhos
Que o velho pai lhe deu!
Numa madrugada fria,
Severino lhe chamou:
Serafina! Estou morrendo...
Pro inferno, decerto eu vou!
Ela mais do que depressa
Segurou a sua mão!
- Se você se arrepender...
Ainda tem salvação!
Jesus já morreu por tí
E ele quer te salvar!
Mas para entrar no céu...
Tem que a Ele aceitar!
Serafina! Perdoe-me!
Por ter sido tão cruel!
Eu aceito Jesus Cristo!
Pois eu quero ir pro céu!
Ela então o perdoou
E lhe fez uma oração...
Senhor! Salva Sivirino...
Conceda-lhe a salvação!
Severino secou as canelas...
Serafina... Foi-se embora!
Como estava doente...
Ela pensava: e agora?
Não conseguia emprego
Nem lugar para ficar...
Foi morar em um bordel
Para dinheiro arranjar!
Não tinha como ir embora
Pois não sabia o caminho...
Pensou que ia trabalhar...
Encontrou uma cama de espinhos!
Passou lá sete meses...
Seu filho quase a nascer...
Já havia sofrido tanto...
Que achava melhor morrer!
Ela pensou que ia trabalhar
Na faxina, na limpeza...
Mas a dona do bordel...
Causou-lhe muita tristeza!
Tinha que fazer ‘Programa’
Dia e noite, noite e dia...
Os homens dela abusavam...
Camisinha não queria...
Os clientes que ali chegavam
Abusavam dela demais...
Nem pareciam humanos...
Era o próprio satanás...!
Um dia apareceu,
No bordel um conhecido...
Ela mandou uma carta
Contando aos pais o ocorrido.
Falou que não podia sair
Pois a dona lhe prendeu...
Tinha que pagar a comida
E a cama que ela lhe deu.
Tendo que beber muito
Para atrair freguesia...
Logo passava mal...
E a dona do bordel, lhe batia.
Teve que deitar com tantos homens...
E saíram contaminados...
- Muito cuidado, meninas...
Olha aí o resultado!
Serafina que era bela
Queria a vida gozar...
Cavou pra si a ruína...
Veja só no que vai dar!
Escreveu pra dar noticias
E mandava lhes dizer:
Se eles queriam seu filho...
Estava condenada a morrer!
Quando seus pais souberam
O paradeiro de Serafina,
Saíram logo de viagem
Para buscar a menina.
Passaram-se quinze dias
Que a carta enviou
Passou mal de repente...
Em trabalho de parto entrou!
Nisso chegou alguém
Gritando por Serafina...
Perguntando no bordel:
-Alguém viu minha menina?
A proprietária em gargalhada
Quase morrendo de rir...
Disse aqui tem uma cadela
Que começou a parir!
Sua mãe banhada em prantos
De joelhos lhe pedia:
-Me diga onde ela está!
Preciso ver minha filha!
Seus pais foram conduzidos
A um quartinho imundo...
Viu Serafina em dores
E seu filho vindo ao mundo!
Era o couro e o osso...
E sua vida no fim!
-Gritou: Mamãe me socorre!
Ore depressa pra mim!
Eu sei que estou morrendo!
Não há como recuar!
Clame ao Senhor, agora!
Peça então pra me salvar!
Sofri tanto em nove meses...
Dura lição aprendí...
Quem abandona Jesus...
Não consegue ser feliz!
-Mamãe! Peço-te um favor...
Faça minha última vontade...
Conte a minha istória
Na igreja pra mocidade...
Pois feliz é o que aprende
Com a dor e os erros alheios...
Não queiram sofrer como eu...
Que não ouvi teus conselhos!
Avisa também pros jovens
Que querem pro mundo ir...
Fiquem firmes com Jesus...
Não vale a pena desistir!
Diga pros adolescentes
Que vale a pena insistir...
Mesmo em meio as provas
Eles devem prosseguir!
Perdão te peço, papai!
Que bom foi vê-lo de novo...
Faça a ultima prece pra mim...
Pois quero ir pro repouso.
Peço que criem meu filho
Nos caminhos do Senhor!
Que lhe sirva de exemplo...
Meu sofrer e a minha dor.
- E o pai de Serafina
De joelhos pediu perdão...
Tem misericórdia, Senhor!
Conceda-lhe a salvação!
Serafina também orou
-Tem misericórdia de mim!
Perdoe-me oh! Senhor!
Leva-me pra junto de ti!
Serafina descansou...
Da sua triste sina...
Com ela também se foi...
Seus lindos sonhos de menina!
Seus pais a sepultaram
E atenderam seu pedido...
Estou aqui digitando...
E lhes passando este aviso:
Continue caminhando
E escute sempre os conselhos...
Os pais só querem seu bem...
E bem feliz querem vê-los
Se o pregador bate duro...
A pregação...muito forte!
Não saiam de sua igreja...
Não vão ao encontro da morte!
Serafina conhecia
Os caminhos do Senhor...
Sofreu tanto em pouco tempo...
E o exemplo lhes deixou.
Você moça tão bela!
Canta lindo, no coral...
Continue sempre firme!
Escape das garras do mal!
Serafina desceu à cova...
O seu filho a mãe criou!
Levou ele pra igreja,
E a Deus o apresentou!
Disse: Senhor cura o meu neto!
Maravilhas sei que faz!
Guarda ele contigo
O escondendo de satanás!
E o menino foi curado
E pro Senhor, foi a glória!
Os avós estão felizes
Porque Deus lhes deu vitória!
E o menino ficou moço
E é temente a Deus!
Guarda sempre os conselhos...
Que dos avós recebeu.
Isso fica de lição
Para as meninas bonitas...
Cuidado com as ofertas...
Que seu coração palpita!
Olha para Serafina
Medita na triste vida!
Só queria aproveitar...
Depois não teve saída...
Serafina teve tempo
De tua vida concertar...
Partiu cedo deste mundo...
Mas com o Senhor deve estar!
E você que anda pensando...
Se deixa a igreja ou não...
Medita bem nesta istória...
Garanta sua salvação!
Esta foi uma istória
Somente pra te alertar...
Quem troca Jesus pelo mundo...
Lá no céu não pode entrar!
Ele pagou alto preço
Por nossa alma, irmão!
Deixe os prazeres do mundo...
Só Jesus tem salvação.
Nelma de Assis
Cuiabá – MT 23/03/007
feliz fim de semana!!!!
amigaiada...
Esta istoria lhe contar...
Não pensa que será fácil
Tudo que vou lhe falar!
Vou falar d’uma menina
O seu nome: Serafina,
A qual teve triste sina
Mas só queria ser feliz!
Nos cafundó do sertão
Havia um casal feliz,
Ali nasceu Serafina
A filha que sempre quis!
A menina era bela
Dona de terna meiguice,
Cescendo deixou o seu lar,
Cometendo grande tolice!
Completou dezoito anos
Quis a vida desfrutar!
Disse: Mamãe! Vou embora
Quero minha vida gozar!
Ser feliz era seu plano
Cometeu terrível engano,
Satanás traçou um plano
Pra sua vida ceifar!
Pois era menina bela
Filha de casal crente!
E sempre lhe prevenia
Pois a Deus, eram tementes!
Sempre aconselhava:
- O mundo é mau e ruim!
Só Jesus dá segurança
O inimigo só quer seu fim!
Não quis obedecer
Serafina não entendia,
Passou a mão na sacola...
E sumiu na rodovia!
Sua mãe sofria tanto!
Dava pena a gente ver!
Orava: Senhor salva minha filha
Mesmo na hora de morrer!
Seu coração lhe dizia
Que triste sina teria
Pois deixou a sua casa
Pra viver como queria!
Pai e mãe se abraçaram
O remédio era chorar!
Dobraram os seus joelhos....
E começaram orar!
- Senhor! Nós temos crido!
Mas o Impossível é para tí!
Tome conta de Serafina
Que acabou de partir!
Guarda essa menina
Pois não nos pertence mais...
Nós a consagramos a ti
Livre ela de satanás!
A noite veio chegando
Na cidade Serafina entrou...
Não sabendo pra onde ir...
Num banco de praça sentou!
E Serafina pensava:
Eu preciso encontrar
Uma pensão baratinha
Onde eu possa me hospedar!
E não demorou muito tempo
Um rapaz ali parou...
Vendo que era moça simples
Um plano arquitetou!
Essa menina é da roça
È hoje que me dou bem...
Vou levá-la para casa...
Ela parece não ter ninguém!
Descendo do seu carrão
A ela foi se apresentar:
Boa noite! Sou Severino...
Você acabou de chegar?
Boa noite! Sou Serafina
Eu parei pra descansar...
Você conhece uma pensão
Onde possa me hospedar?
Quero um lugar simples
Onde eu possa pagar,
Até conseguir um emprego
E minha vida ajeitar.
Eu venho de um sitio
Fica distante daqui...
Não quero morar na roça
Por isso cheguei aqui.
Muito prazer Serafina!
Acabou o seu problema!
Você quer ir para minha casa?
Pois ela não é pequena...
Você não vai pagar nada...
E vai ter o que comer...
Vou te ajudar, oh! Menina
Porque gostei de você!
Agradeço, Severino,
Mas num posso aceitar!
Meu pai me ensinou,
Dos outros não aproveitar!
Deixa de bobagem, menina!
Para mim será um prazer!
Eu só quero te ajudar...
Porque gostei de você...
Agradeço oh! Severino,
Ví que é um homem bom...
Preocupando comigo,
Não quer que eu vá pra pensão!
Ele abriu a porta do carro
Com a maior educação...
Mas quando chegou em casa...
Quão grande transformação!
Trancou portas e janelas...
Na cara dura falou:
Estou condenado à morte...
Sozinho é que eu não vou!
Tudo está trancado...
E daqui você não sai!
Se eu vou morrer de AIDS
Pode crer... que também vai!
Eu sou um cara muito rico
Que valor isso tem?
Não vou pro inferno sozinho...
Vou... Mas te levo também!
Serafina assustada,
Nem conseguia entender...
Que mal fez para alguém...
Que triste sina ia ter!
Ele ficou agressivo
Pra cima dela partiu...
Foi lhe arrancando a roupa,
Nua, nua ela se viu!
Serafina muito chorava
Pois não podia entender...
Aquilo que acontecia...
Ninguém pra lhe socorrer!
Ele disse: não chore não!
Pois tua mãe não vai ver...
Aqui nessa fortaleza...
Só estamos eu e você!
Ela usou e abusou
Coitada da Serafina...
Desonrou a pobre moça...
Impondo-lhe a triste sina.
Severino era cruel...
Só vivia lhe batendo...
E ela não entendia...
A barriga ia crescendo...
Quando ele descobriu
Que ela se engravidou...
Dava crises de risos
Para aumentar seu terror!
Ele ia definhando,
Definhando cada dia!
Quando olhava pra sua barriga...
De sarcasmo, ele ria!
Eu sei que estou morrendo!
Comigo levo você...
E esse filho aidético...
Coitado... quem vai quere?
Serafina chora muito
Lembrando o que perdeu...
Seu lar... seu pai... sua mãe...
E a saúde que Deus lhe deu!
Perdia o sono à noite
Chorava o destino seu...
Pois não ouviu os conselhos
Que o velho pai lhe deu!
Numa madrugada fria,
Severino lhe chamou:
Serafina! Estou morrendo...
Pro inferno, decerto eu vou!
Ela mais do que depressa
Segurou a sua mão!
- Se você se arrepender...
Ainda tem salvação!
Jesus já morreu por tí
E ele quer te salvar!
Mas para entrar no céu...
Tem que a Ele aceitar!
Serafina! Perdoe-me!
Por ter sido tão cruel!
Eu aceito Jesus Cristo!
Pois eu quero ir pro céu!
Ela então o perdoou
E lhe fez uma oração...
Senhor! Salva Sivirino...
Conceda-lhe a salvação!
Severino secou as canelas...
Serafina... Foi-se embora!
Como estava doente...
Ela pensava: e agora?
Não conseguia emprego
Nem lugar para ficar...
Foi morar em um bordel
Para dinheiro arranjar!
Não tinha como ir embora
Pois não sabia o caminho...
Pensou que ia trabalhar...
Encontrou uma cama de espinhos!
Passou lá sete meses...
Seu filho quase a nascer...
Já havia sofrido tanto...
Que achava melhor morrer!
Ela pensou que ia trabalhar
Na faxina, na limpeza...
Mas a dona do bordel...
Causou-lhe muita tristeza!
Tinha que fazer ‘Programa’
Dia e noite, noite e dia...
Os homens dela abusavam...
Camisinha não queria...
Os clientes que ali chegavam
Abusavam dela demais...
Nem pareciam humanos...
Era o próprio satanás...!
Um dia apareceu,
No bordel um conhecido...
Ela mandou uma carta
Contando aos pais o ocorrido.
Falou que não podia sair
Pois a dona lhe prendeu...
Tinha que pagar a comida
E a cama que ela lhe deu.
Tendo que beber muito
Para atrair freguesia...
Logo passava mal...
E a dona do bordel, lhe batia.
Teve que deitar com tantos homens...
E saíram contaminados...
- Muito cuidado, meninas...
Olha aí o resultado!
Serafina que era bela
Queria a vida gozar...
Cavou pra si a ruína...
Veja só no que vai dar!
Escreveu pra dar noticias
E mandava lhes dizer:
Se eles queriam seu filho...
Estava condenada a morrer!
Quando seus pais souberam
O paradeiro de Serafina,
Saíram logo de viagem
Para buscar a menina.
Passaram-se quinze dias
Que a carta enviou
Passou mal de repente...
Em trabalho de parto entrou!
Nisso chegou alguém
Gritando por Serafina...
Perguntando no bordel:
-Alguém viu minha menina?
A proprietária em gargalhada
Quase morrendo de rir...
Disse aqui tem uma cadela
Que começou a parir!
Sua mãe banhada em prantos
De joelhos lhe pedia:
-Me diga onde ela está!
Preciso ver minha filha!
Seus pais foram conduzidos
A um quartinho imundo...
Viu Serafina em dores
E seu filho vindo ao mundo!
Era o couro e o osso...
E sua vida no fim!
-Gritou: Mamãe me socorre!
Ore depressa pra mim!
Eu sei que estou morrendo!
Não há como recuar!
Clame ao Senhor, agora!
Peça então pra me salvar!
Sofri tanto em nove meses...
Dura lição aprendí...
Quem abandona Jesus...
Não consegue ser feliz!
-Mamãe! Peço-te um favor...
Faça minha última vontade...
Conte a minha istória
Na igreja pra mocidade...
Pois feliz é o que aprende
Com a dor e os erros alheios...
Não queiram sofrer como eu...
Que não ouvi teus conselhos!
Avisa também pros jovens
Que querem pro mundo ir...
Fiquem firmes com Jesus...
Não vale a pena desistir!
Diga pros adolescentes
Que vale a pena insistir...
Mesmo em meio as provas
Eles devem prosseguir!
Perdão te peço, papai!
Que bom foi vê-lo de novo...
Faça a ultima prece pra mim...
Pois quero ir pro repouso.
Peço que criem meu filho
Nos caminhos do Senhor!
Que lhe sirva de exemplo...
Meu sofrer e a minha dor.
- E o pai de Serafina
De joelhos pediu perdão...
Tem misericórdia, Senhor!
Conceda-lhe a salvação!
Serafina também orou
-Tem misericórdia de mim!
Perdoe-me oh! Senhor!
Leva-me pra junto de ti!
Serafina descansou...
Da sua triste sina...
Com ela também se foi...
Seus lindos sonhos de menina!
Seus pais a sepultaram
E atenderam seu pedido...
Estou aqui digitando...
E lhes passando este aviso:
Continue caminhando
E escute sempre os conselhos...
Os pais só querem seu bem...
E bem feliz querem vê-los
Se o pregador bate duro...
A pregação...muito forte!
Não saiam de sua igreja...
Não vão ao encontro da morte!
Serafina conhecia
Os caminhos do Senhor...
Sofreu tanto em pouco tempo...
E o exemplo lhes deixou.
Você moça tão bela!
Canta lindo, no coral...
Continue sempre firme!
Escape das garras do mal!
Serafina desceu à cova...
O seu filho a mãe criou!
Levou ele pra igreja,
E a Deus o apresentou!
Disse: Senhor cura o meu neto!
Maravilhas sei que faz!
Guarda ele contigo
O escondendo de satanás!
E o menino foi curado
E pro Senhor, foi a glória!
Os avós estão felizes
Porque Deus lhes deu vitória!
E o menino ficou moço
E é temente a Deus!
Guarda sempre os conselhos...
Que dos avós recebeu.
Isso fica de lição
Para as meninas bonitas...
Cuidado com as ofertas...
Que seu coração palpita!
Olha para Serafina
Medita na triste vida!
Só queria aproveitar...
Depois não teve saída...
Serafina teve tempo
De tua vida concertar...
Partiu cedo deste mundo...
Mas com o Senhor deve estar!
E você que anda pensando...
Se deixa a igreja ou não...
Medita bem nesta istória...
Garanta sua salvação!
Esta foi uma istória
Somente pra te alertar...
Quem troca Jesus pelo mundo...
Lá no céu não pode entrar!
Ele pagou alto preço
Por nossa alma, irmão!
Deixe os prazeres do mundo...
Só Jesus tem salvação.
Nelma de Assis
Cuiabá – MT 23/03/007
feliz fim de semana!!!!
amigaiada...
quarta-feira, 12 de maio de 2010
SUFIA

SUFIA
Computador vou te contar;
A estória de Sufia...
Moça bonita... Prendada
Que lá no sertão vivia,
Moça boa trabalhadeira
Cheia de muita alegria!
Lá pros lados do Coité,
Era onde ela morava
Moça alegre cantadeira
Com um grande amor sonhava
Não sabia da cilada
Que o destino preparava...
Sufia sonhava mesmo
Um grande encontrar
E nas tardes de domingo
No riacho ia banhar...
Convidava suas amigas
Pedrinhas iam pegar.
Disputando entre si
Quem encontrava a mais bela...
E a sua coleção
Já quase dava um castelo...
Sufia vivia assim
Alegre muito fagueira!
Nas noites de lua cheia
Acendiam a fogueira,
Ficavam contemplando a lua
Quase a noite inteira
Achando a coisa mais bela...
A lua passando faceira!
Muito querida por todos
Lá pras bandas do sertão
Teus longos cabelos negros
Negros da cor de carvão!
Deixando a rapaziada
Suspirando de paixão!
Sufia nem dava bola
Pois ela tinha em mente
O seu príncipe encantado
E era muito diferente
Dos rapazes daquelas bandas
Por ele esperava contente!
Numa noite de lua cheia
Enquanto a lua namorava
Ouviu ao longe um galope
O seu príncipe chegava
Montava um cavalo branco
Do jeito que ela sonhava!
Os olhos dele brilhavam
Sua silhueta era bela!
Já prendeu o coração
Daquela doce donzela
Que suspirou apaixonada
Na primeira olhadela!
Descendo de seu cavalo
Sua mão ele beijou
Olhando bem nos seus olhos...
De emoção ela chorou!
Pois quem tanto esperava
Naquele instante chegou!
Sufia enxugou as lágrimas
No lenço que ele lhe deu
Lenço macio... Perfumado...
Como as mãos do amado seu!
Quando lhe tocou o rosto
De emoção ela tremeu!
Ele tomou suas mãos
Acariciando o rosto seu
A donzela suspirava
Mais forte o coração bateu
Homem lindo e educado...
Tudo que pediu pra Deus!
Ele se apresentou
- O meu nome é Zaqueu
Diga-me minha princesa
Qual é o nominho teu?
Diga-me doce donzela...
Pois já sou escravo seu!
Sufia entre suspiros
Por tanta emoção tremia
Disse logo a Zaqueu
- O meu nome é Sufia
Eu já lhe esperava
Pois sabia que viria!
Ficaram assim longas horas
Trocando conhecimentos
A estrela d’alva brilhava
No alto do firmamento
Sufia muito feliz
Queria eternizar o momento!
O dia veio raiando
Despedindo a luz da aurora
Zaqueu e a moça Sufia
Felizes estavam assim
Trocando juras de amor
Que jamais teria fim!
Zaqueu era violeiro
Afamado no sertão
Com linda voz e viola
Machucava coração
Das moças quando ouvia
Dedilhar uma canção!
Ele era homem honrado
A moça alguma iludia
Dizia que seu amor
Com ninguém dividiria
A não ser com a donzela
Que seu coração mostraria!
Então no mágico instante
Que Sufia ele avistou
Seu coração deu um salto
E o cupido lhe flechou!
E lhe beijando as mãos
Amor eterno jurou!
Felicidade é coisa boa
E chega sem avisar!
Ela vem na hora certa
Não tem dia nem lugar
Ela chegou pra Sufia
Pois ela soube esperar!
O sertão não foi mais o mesmo
Desde a chegada de Zaqueu
Reuniam toda noite
Pra ouvir o amado seu
Que cantava alegremente
Pelo amor que Deus lhe deu!
Porem no meio do povo
Tinha um cabra Damião
Que não gostou nada disso
Que aconteceu no sertão
Porque o tal do Zaqueu
Roubou-lhe a paixão.
Damião era um sujeito
De coração endurecido
Vendo o amor dos dois
Não gostou do ocorrido
Começou tramar vingança
Não se dava por vencido!
Desandou a beber tanto
E resolveu se vingar
Se Sufia não for minha
De mais ninguém ela será
E tramou no coração
A donzela então matar.
Pra Sufia e Zaqueu
O amor oficializar
Ficaram noivos de fato
Logo, logo iam casar.
A donzela ia ser a noiva
Mais bela daquele lugar.
Damião não se conformava
Com aquela situação
- Se eu não puder ser feliz
- Eles também não serão...
- Eu matarei a Sufia
- E fugirei do sertão!
A cilada estava pronta
O dia do casamento chegou
Todos estavam felizes
Achando lindo o amor
Damião respirava vingança
Pois Sufia o desprezou.
Ela não gostava dele
E nunca deu esperança...
Por isso ele endoidou
Pensava só na vingança
Casamento não haveria
E nem tampouco festança!
Sufia tinha um sonho
Sob a luz da lua se casar
Acenderam a fogueira
Pra melhor iluminar
Zaqueu estava lindo
Esperando no altar!
Fizeram um lindo arco
Com muita flor de roseira
Muitas folhas de samambaias
Também com flor de paineira
Na grinalda da noiva jasmim
Muita flor de laranjeira!
A fogueira estava quente
Feito o coração de quem ama
E o crepitar do fogo
Fazia aumentar a chama
Ninguém podia imaginar
Aquela sina tirana.
Damião cheio de ódio
Atrás da moita aguardava
Com uma arma na mão
Por Sufia esperava
Quando ela aparecesse...
O seu plano executava.
De repente fez silencio!
Eis a noiva! Alguém gritou!
Zaqueu sorria contente
Duas lagrimas rolou!
Agora se uniriam
Seria eterno o amor!
Sufia veio chegando
Parecendo uma mis!
Zaqueu ficou deslumbrado
Pois agora era feliz
Encontrou o amor de sua vida
Era tudo o que sempre quis!
Era a noiva mais bela
Que já se viram por lá!
Os cabelos cor da noite
Brilhando a luz do luar
Sorriso da cor de jasmim
Pra seu Zaqueu encantar
E nesse mágico instante
Em que os dois se abraçaram
Os seus lábios se uniram
Um doce beijo trocou,
Um surdo estampido se ouviu
No chão os dois corpos tombaram!
Os dois morreram abraçados
Unidos naquele beijo!
Damião sumiu no mundo
Ninguém sabe o paradeiro...
Daquele sujeito perverso
Cabra mau e traiçoeiro!
Os noivos foram sepultados
Numa cova, bem juntinhos;
O sertão todo chorou...
Até mesmo os passarinhos...
Não se ouviu mais a viola...
Ficou encostada num cantinho...
A tristeza no sertão
Sentia-se por todo lado
Nunca mais puderam ver
O sorriso encantador
Nem se ouvia a viola...
Pois morreu o tocador!
Esta foi a triste estória
De Sufia e de Zaqueu
Que se amaram tanto
E o destino interrompeu
Talvez possam estar felizes
Morando junto com Deus.
O destino de Damião
Eu nem posso imaginar...
Depois da triste vingança
Não consegue descansar
Vive perambulando...
A consciência a lhe acusar.
A sina de Damião
Só Deus que pode saber
Quem sabe ele se arrepende...
Antes mesmo de morrer...
Quem sabe ainda se salva...
Pra no fogo não arder!
Nelma de Assis
Cuiabá – MT.
02/07/04
09:45 Hs.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
O esconderijo do home brabo

O Esconderijo do Homem Brabo!!!
A Tuia I
Oia aqui computadô
O trem que eu vô te contá!
O susto dum caçadô
Que gostava de gavolá!
Cavalo bão arriado,
As armas... Chegava até lumiá!!!
Se fingindo de brabão
Mode a verdade amoitá!!!
Ele tinha uma capanga
Coro de jaguatirica...
Daqueza que quando penteia...
Mais bunita inda fica!
Um dia ele foi contá
Vantagem lá pro meu tio...
Que já tava preparano uma,
Que era pra ele perdê o trio!
Nos cafundós da fazenda
Morava u’a onçona erada...
Meu tio ia prová prus pião
Que o brabão tava é cum nada!
Pispiano a escurecer...
O inzibido foi chegano...
E foi logo rastano papo...
- O homem brabo ta chegano!!!
Meu tio que num era face
Já garrô sarro tirá!
- Tem gatão cumeno bizerro...
- Num tem é macho pá incará!!!
E o brabão todo facêro...
Quereno já se mostrá,
- Eu vim foi de bem longe...
Mode essa oncinha pegá!
O tio combinou cum ele
Vai fazê essa impreitada...
Vou te dá duzentos contos...
E uma vaca gorda da invernada!
Mais se perder a empreitada,
Nada daqui vai leva...
Sua traia de caça...
Aqui pros pião vai dexá!
De manha ainda escuro
Seu cavalo ele arrio!
Saindo a todo galope,
E a cachorrada levô!
Disviô dos ranha gato,
Dos toco dos gravatás...
Imbrenhano no meio da mata...
Até na furna chegá!!!
Lá tinha u’a tapera veia,
E ele intão penso:
- Eu ponho os cachorro na onça...
- E já tenho iscondedô!!!
É que avisto u’a tuia,
Bem alta bem conservada...
Penso consigo: quando a bicha vié...
Lá me iscondo da danada!!!
Os cachorros percebeno a onça,
Logo na bicha muntô!!!
Cumo era muito cachorro...
A danada num incarô!!!
Os cachorros barruava....
E onça dava esturro!!!
- Vô entra logo na tuia...
- Vê lá se sou argum burro!!!
- Ainda ta muito escuro,
A onça num vai me vê...
Quando passá o arrocho...
- É que de lá vô decê!!!
Prucutúque dentro da tuia...
No escuro nem viu nada...
Agachano bem pertinho...
Onde a onça tinha u’a ninhada!
Quando viu, já num deu tempo...
A onça cuele imbolô...
O machão gritou foi tanto...
Inté as carças sujô!!!
A onça se assustô muito...
Com todo aquele fedor...
Pulo de vorta pra fora...
E sem parte do rabo ficô!
***
Tamém cum apuro daquele
O seu facão trabaiô!
Numa daqueza facaozada...
O rabo da onça acertô!!!
Os cachorros frecháro na bicha...
Que na crôa se embrenho!
O brabão num perdeu tempo...
E da tuia se mandô!!!
Quando ando argumas braças...
Sentiu que tava moiado...
Quando deu u’a oiada na butina...
Nem te conto!!! Ah!!! Coitado!!!
O trem encheu as carças...
E perna abaixo desceu!!!
A butina ficou cheia...
Pensa só... Como fedeu!!!!
Ele pensou... Pensou!!!
Parado na bêra dum Corguinho...
- Se eu chegá lá desse jeito...
Vão muntá os trapos, nemim!!!
Tiro o sujo mais grosso,
Mais pricisava sabão...
Ia perdê corqué coisa...
Pa suborná um pião...
Veio chegano devagazim...
E o Zeca ele avisto!
- Zeca!!!! Cê me da um sabão???
Te dou a capanga do meu avô!!!
A capanga era de istima,
Dela nunca apartô...
Era presente querido...
Dela sempre cuidou!
O Zeca mais que dipressa,
Levô o sabão de barra...
Ele lavou suas roupas,
E, pois secá nas coivaras!
Depois que as roupas secou...
Ele então pôde chegar...
Inventou tanta lorota,
Pra meu tio inrrolá!!!
- Oia aqui seu Manuely,
- Quero receber meu pago...
- A onça tava muito pesada...
- Só pude trazer o rabo!
Meu tio meio cismado,
- Esse causo ta mal contado...
Mais vou pagar desta vez...
Na outra, cê ta inrolado!!!
Cumbinou lá com os pião...
Levá ele na onça maió...
Que pegava bizerro,
Bem pertinho do paiol!
Eze intão fizéro o cerco,
Cada um ficô dum lado...
Depois disatrela os cachorros...
A bicha fica acuada!
Dexáro o inzibido,
Bem na frente do carrêro...
E quando sortáro os cachorros...
Foi só aquele pampero!
De longe ele já viu a onça...
Grande assim, ele nunca viu!
Disparô foi na carrêra...
Mas trupicô... E caiu!!!
Na carrêra disparada,
Pá sua pela salvá...
Caiu dentro do carrêro...
Aonde o gatão ia passá!
Na queda de mau jeito...
Na cara a capanga caiu...
Cumo era pelo de bicho...
Camarada suou frio...
Era a capanga do avô...
Que no seu pescoço pegou...
Já que ia ser comido...
Muito bravo ele ficou!!!
Com a capanga na cara disse:
Falano num disagravo...
- Que cume, come!!!
- Vai cume um home brabo!!!
***
Isperô! Isperô!!! Nada conteceu!!!
Argúem no gaio do pau deu gaitada!!!
- É a capanga da jaguatirica...
Que na tua cara ta incostada!!!
He! Computadô!!! Cê num sabe!!!
Mais eu vô te contá...
Dispois daqueze dois sustos...
Nunca mais quis gavolá!!!
Mudô até de lugar...
O sarro era todo dia!!!
- Vamos caçar onça hoje?!!!
Nem ouvir falar nisso podia!!!
Computadô aquelas onças...
Já deve de ter murrido...
Até meu tio se foi...
E tudo ficô isquicido!!!
Só quem lucrô foi o Zeca
Uma capanga tão bunita...
Parecia que tava viva...
A capanga de jaguatirica!!!
Depois que o brabo foi simbóra...
Que o Zeca pode contá...
Que feiz ele contá tudo,
Pra depois o sabão intregá!!!
Ele cum medão que o Zeca,
Abrisse a boca qualquer hora...
Invento tanta urgênça...
Pra podê já dá o fora!!!
O meu tio era mangadô...
Quando pegava no pé dum pião...
O cabra chorava de raiva...
E pidia as conta, intão!
Dispois ele se discurpava...
- Hára!!! Dexá de bestaige!!!
- Num vê que tô brincano...
Agora vai Chorá por bobaige?!!!
ÈEE!!! Computadô!!!
Eu quiria só sabê!!!
Será que argúem vai ri?!!!
Quando essas bestêras, eze lê?!!!
Vou parano por aqui...
Coce inté isquentô!!!
Num sei se é de calor...
Ou de mim se intojô!!!
Vixe!!! Me deu uma saudade...
Do meu primo Mané Bem...
Tô iscutano um cd de viola
Que tem passarin tamém!!!
Dá u’a dor no peito
Quando lembro como ele se foi...
Gente ruim sem coração...
Matou o grande amigo meu!
Ele achava tanta graça...
Dos meus causinho ingraçado...
Mandava eu seguir em frente...
Diz que eu ia ter resurtado!!!
Mais a vida é isso mesmo...
Um dia a gente vai tamém...
Vamos aqui rimano...
Enquanto num vai pro além!!!
Esse causo de onça, foi contado pelo fio do meu tio, o primo Catarino de Assis...
Ele garante que o fato foi verdade!
Zé Ruffino
Itarumã – Go.
25/01/2004
14:30 Hs.
“Mais vale as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado”!!!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A BICHA PINTADA
Fui um dia recoiê o gado...
Lá no fundo do grotão!
Dei de cara Cuma onça,
Precisava ver que gatão!
A bicha me incarô...
Purquê istraguei seu jantar...
Era um bezerrinho novo...
Quiela quiria pega!
Quando a onça me viu
Num pau tive que subi...
Cumo num tinha arvre...
Trepei num pé de buriti!
Subir inté que foi face...
Descer é que foi isquisito!
Mais na hora do aperto...
Quem é que vai pensar nisso...?!!
Vô dizê prucêis meus cumpade...
Do medo que eu passei...
A bicha me assombrô tanto...
Que inté as carças sujei!
Se num fosse a Marelinha
Que, pois a bicha pra corrê...
Ieu tava lá inté hoje...
Sem coraige pá descê!
Chegá laincasa foi duro...
Sem os fundo da carça fiquei...
Ficô garrado no buriti...
Quando de lá iscurreguei!
A minha muié virô bicho...
- Que feiúra foi essa minha!
Ficar sem os fundos da carça...
Só por mode aquela oncinha!?!!
Depois do medão que passei
Tratei de ficá foi isperto!
Se vô ali no banhado...
Da carabina num disaprego!
Num sei se a Pintada
Inda anda a me pricurá...
Vô inchê ela de chumbo...
Ela agora vai me pagá!!!
Minha muié fica caçuano
Chamano eu de molenga!!!
Mio é sê privinido...
Do que virá um capenga...
Isso inté que era pocô,
Se só ficasse capenga...
Já pensáro se ela me come?!!!
Lá vô ieu virá merenda!!!
Curuiz credo! Deus me livre!!!
Daquese dentão afiado...
Fiquei muito privinido...
Agora só ando armado!
Até logo meus cumpade!
Ôtro dia vórto aqui...
Vô contá o causo da cobra...
Que me quiria ingulí!
Vai afiano o zuvido...
E fica ai me isperano...
Córque horinha eu vórto,
Me orgulho de sê goiano!!!
Agora quero virá
Iscritôr que nem o João Lima
Devorei o livrin dele...
Sô apaxonado pôr rima!!!
Zé Ruffino.
Itarumã – Go.
30/04/2003.
20:28 Hs.
Lá no fundo do grotão!
Dei de cara Cuma onça,
Precisava ver que gatão!
A bicha me incarô...
Purquê istraguei seu jantar...
Era um bezerrinho novo...
Quiela quiria pega!
Quando a onça me viu
Num pau tive que subi...
Cumo num tinha arvre...
Trepei num pé de buriti!
Subir inté que foi face...
Descer é que foi isquisito!
Mais na hora do aperto...
Quem é que vai pensar nisso...?!!
Vô dizê prucêis meus cumpade...
Do medo que eu passei...
A bicha me assombrô tanto...
Que inté as carças sujei!
Se num fosse a Marelinha
Que, pois a bicha pra corrê...
Ieu tava lá inté hoje...
Sem coraige pá descê!
Chegá laincasa foi duro...
Sem os fundo da carça fiquei...
Ficô garrado no buriti...
Quando de lá iscurreguei!
A minha muié virô bicho...
- Que feiúra foi essa minha!
Ficar sem os fundos da carça...
Só por mode aquela oncinha!?!!
Depois do medão que passei
Tratei de ficá foi isperto!
Se vô ali no banhado...
Da carabina num disaprego!
Num sei se a Pintada
Inda anda a me pricurá...
Vô inchê ela de chumbo...
Ela agora vai me pagá!!!
Minha muié fica caçuano
Chamano eu de molenga!!!
Mio é sê privinido...
Do que virá um capenga...
Isso inté que era pocô,
Se só ficasse capenga...
Já pensáro se ela me come?!!!
Lá vô ieu virá merenda!!!
Curuiz credo! Deus me livre!!!
Daquese dentão afiado...
Fiquei muito privinido...
Agora só ando armado!
Até logo meus cumpade!
Ôtro dia vórto aqui...
Vô contá o causo da cobra...
Que me quiria ingulí!
Vai afiano o zuvido...
E fica ai me isperano...
Córque horinha eu vórto,
Me orgulho de sê goiano!!!
Agora quero virá
Iscritôr que nem o João Lima
Devorei o livrin dele...
Sô apaxonado pôr rima!!!
Zé Ruffino.
Itarumã – Go.
30/04/2003.
20:28 Hs.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
O CAUSO DA SOMBRAÇÃO...
Computadô já vortei,
Ôtro causo vô te contá!
Um causo de assombração
Daqueza de arrupiá!!!
Eu tava vino do Acre
De Ariquemes, vinha o Aparecido!
Ele me contô esse causo...
Diz ser verdade o ocorrido!
Ixistia na cidade de Jales...
Um cabra bem valentão!
Disse que ia matá o fantasma...
Afiou bem seu facão!
É que por aquelas bandas,
Uma lenda assim curria...
Numa figuêra na bêra da estrada
Um fantasma aparecia!
Em noite de lua cheia...
Era quando ele atacava...
Assombrava memo os cabras...
Que de medo quase borrava!
Muntava na garupa dos cavalos
Cavalêro dismaiava...
Era só no ôtro dia...
Que o cabra acordava!
O valentão daqueza banda
Cabra bão e distemido...
O seu nome era Francisco,
O apelido era Xico!
Nas noites de quarta-feira,
Pá alegrá a rapaziada...
No cinema da cidade,
Era à noite do ‘rapa’!
Só pagava um ingresso
Que custava dois cruzêiros!
E assistia treis filme...
Apruveitano bem o dinhêro!
Num belo dia o Xico,
Foi sistí as treis sessão!
E na vorta pra casa...
Ia matá a sombração!
Já bêrano meia noite...
Dibaxo da figuêra chegô...
Reparano pá toda banda...
Seu coração disparô!
Cum cabelo arrupiado...
O istamu garro duê!!!
- É hoje que vô vê...
Essa sombração aparece!
Tava de cabelo impé!
E tamém suano frio...
Quando viu um vurto atraiz dele...
De tanto medo, ele riu!
Passano a mão no facão
E seu braço trabaiô!
Deu tanta gorpe na sombração...
De sangue, sujo o facão ficô!
-Henra!!! Eu num disse que matava?
A sombração discarada?
Dísparô num só galope...
Só parô quando chegô em casa!
O pai veno o Xico
Que chegô isbaforido...
Quis logo sabê do Xico...
Qual que era o ocorrido!
- Meu pai tô bem cansado!
O sior num vai quirditá!!!
Lutei tanto ca sombração...
A danada eu consegui matá!!!
O pai num criditou muito...
- Mato sombração!!!? Dexá isso pra lá...
Dizarrêia logo o cavalo...
E Poe ele pra pastá!
O xico sortô o cavalo
Num drumiu, garrou pensá!
Eu matei a sombração...
Vô tê causo pá contá!
Demorô garra no sono
Perdeu a hora de levantá!
Seu pai foi recoiê o gado...
E começou a gritá!
- Xico!!! Corre já aqui!
Venha ver a sombração...
Aquela coce matô...
Que baita decepção!!!
Quando o Xico chegô lá fora...
Seu coração apertô!
A sombração que tava morta...
Era o cavalo do seu avô!
É que o medo foi tanto!
E naquela adrenalina...
O cavalo ergueu o rabo...
Ele começou a chacina!
Numa das facaozada...
O rabo do cavalo cortô!
O sangue foi ino imbora...
Mais o |Xico nem notô!
O cavalo tão bão morreu...
Ele cum muita vergonha ficô!
- Cume que conto pus meu amigo...
Matei o cavalo do meu avô!!!
E isso virô foi piada...
Xico sai de casa mais não...
Os muleque quando avista grita:
Lá vem o caçadô de sombração!
Tadin do cavalo báio...
Era estimado do seu avô...
O Xico ta caçano canivete...
No cinema nunca mais vortô!
Cêis viu meus cumpade?!!
Ca coisa é pirigooosa!!!
Devemo oiá bem direito...
Pra dispois num virá prosa!!!
Ispéro cocêis tenha gostado...
De ler o causo ocorrido...
Se num déro boas risadas...
Vai recramá co Aparecido!
Ele mora em Ariquemes...
É fabricadô de panela...
Se a istória fosse mais cumprida...
Dava inté telenovela...
Ieu vô ino meus cumpade...
Num vão simbóra inda não!
Ôtra hora ieu vórto...
Sem causo de sombração!
vai ficno atento ai...
um causo de onça vô tazê...
catarino que me contô...
esprero agradá ucê!!!
Zé Ruffino.
Itarumã – Go.
05/02/2002
17:15 hs
Ôtro causo vô te contá!
Um causo de assombração
Daqueza de arrupiá!!!
Eu tava vino do Acre
De Ariquemes, vinha o Aparecido!
Ele me contô esse causo...
Diz ser verdade o ocorrido!
Ixistia na cidade de Jales...
Um cabra bem valentão!
Disse que ia matá o fantasma...
Afiou bem seu facão!
É que por aquelas bandas,
Uma lenda assim curria...
Numa figuêra na bêra da estrada
Um fantasma aparecia!
Em noite de lua cheia...
Era quando ele atacava...
Assombrava memo os cabras...
Que de medo quase borrava!
Muntava na garupa dos cavalos
Cavalêro dismaiava...
Era só no ôtro dia...
Que o cabra acordava!
O valentão daqueza banda
Cabra bão e distemido...
O seu nome era Francisco,
O apelido era Xico!
Nas noites de quarta-feira,
Pá alegrá a rapaziada...
No cinema da cidade,
Era à noite do ‘rapa’!
Só pagava um ingresso
Que custava dois cruzêiros!
E assistia treis filme...
Apruveitano bem o dinhêro!
Num belo dia o Xico,
Foi sistí as treis sessão!
E na vorta pra casa...
Ia matá a sombração!
Já bêrano meia noite...
Dibaxo da figuêra chegô...
Reparano pá toda banda...
Seu coração disparô!
Cum cabelo arrupiado...
O istamu garro duê!!!
- É hoje que vô vê...
Essa sombração aparece!
Tava de cabelo impé!
E tamém suano frio...
Quando viu um vurto atraiz dele...
De tanto medo, ele riu!
Passano a mão no facão
E seu braço trabaiô!
Deu tanta gorpe na sombração...
De sangue, sujo o facão ficô!
-Henra!!! Eu num disse que matava?
A sombração discarada?
Dísparô num só galope...
Só parô quando chegô em casa!
O pai veno o Xico
Que chegô isbaforido...
Quis logo sabê do Xico...
Qual que era o ocorrido!
- Meu pai tô bem cansado!
O sior num vai quirditá!!!
Lutei tanto ca sombração...
A danada eu consegui matá!!!
O pai num criditou muito...
- Mato sombração!!!? Dexá isso pra lá...
Dizarrêia logo o cavalo...
E Poe ele pra pastá!
O xico sortô o cavalo
Num drumiu, garrou pensá!
Eu matei a sombração...
Vô tê causo pá contá!
Demorô garra no sono
Perdeu a hora de levantá!
Seu pai foi recoiê o gado...
E começou a gritá!
- Xico!!! Corre já aqui!
Venha ver a sombração...
Aquela coce matô...
Que baita decepção!!!
Quando o Xico chegô lá fora...
Seu coração apertô!
A sombração que tava morta...
Era o cavalo do seu avô!
É que o medo foi tanto!
E naquela adrenalina...
O cavalo ergueu o rabo...
Ele começou a chacina!
Numa das facaozada...
O rabo do cavalo cortô!
O sangue foi ino imbora...
Mais o |Xico nem notô!
O cavalo tão bão morreu...
Ele cum muita vergonha ficô!
- Cume que conto pus meu amigo...
Matei o cavalo do meu avô!!!
E isso virô foi piada...
Xico sai de casa mais não...
Os muleque quando avista grita:
Lá vem o caçadô de sombração!
Tadin do cavalo báio...
Era estimado do seu avô...
O Xico ta caçano canivete...
No cinema nunca mais vortô!
Cêis viu meus cumpade?!!
Ca coisa é pirigooosa!!!
Devemo oiá bem direito...
Pra dispois num virá prosa!!!
Ispéro cocêis tenha gostado...
De ler o causo ocorrido...
Se num déro boas risadas...
Vai recramá co Aparecido!
Ele mora em Ariquemes...
É fabricadô de panela...
Se a istória fosse mais cumprida...
Dava inté telenovela...
Ieu vô ino meus cumpade...
Num vão simbóra inda não!
Ôtra hora ieu vórto...
Sem causo de sombração!
vai ficno atento ai...
um causo de onça vô tazê...
catarino que me contô...
esprero agradá ucê!!!
Zé Ruffino.
Itarumã – Go.
05/02/2002
17:15 hs
quarta-feira, 14 de abril de 2010
MINHA TUTA VIRÔ SOPA!!!
Computadô tamem criei
U’a Tutinha injeitada...
Virô uma galinhona...
De preto e branco, pintada...
Ela era de tupete...
E tamém era brincuda...
Mais era tão mansinha...
Era uma coisa bisurda!!
Ela botava quinze ovo...
Pra depois impirriá!!!
E quando parava de pôr
Já cumeçava chocá...
Dava gosto a gente vê...
Toda aquela ninhada...
Minha Tuta tão brincuda...
Parece que o seu tupete, ingomava!!!
Seus brincos era uma cachópa
Que ficava balançano...
Quando ela tava choca...
Seu brinco eu ficava pegano!!!
Ela pariu tantas veiz...
Que até parei de contá!!
Minha Tuta foi... Enveieceno...
Parano intão de botá!!!
A mãe tava pesadona...
Que num cabia nas rôpas!
Cumeçô separá galinha...
Que é pra depois fazê sopa!!!
Minha Tuta tava no meio...
Das galinhas e das frangas...
Quando injuasse de sopa...
Galinha virava canja!
Um dia de madrugada
A minha mãe discansô...
Matáro a minha Tuta...
Numa sopa ela virô!!!
Num como sopa te hoje...
Chego inté rupiá!!!
Só de pensá na minha Tuta...
Da vontade de chorá!!!
Êh!!! Computadô!!!
Grande dor foi queu senti...
Me sumiu o apitite...
Nada, nada eu cumí!!!
Tomei raiva da minina,
Ca minha mãe tinha tido...
Foi porque ele foi nasce...
Que conteceu o ocorrido!!!
Mais o tempo foi passano,
Ele dá jeito em tudo...
Hoje eu gosto da minha mana...
E gosto dela abisurdo!!!
Morre uma Tuta vem outra...
A vida é menmo assim...
Hoje eu sou satisfeito...
Ela deu o computadô pra mim!!!
E cocê ieu bato papo...
Ocê ta sempre miscutano...
Dêxo aqui o meu abraço,
Do seu amigo, Minerâno...
Depois te conto mais causo...
Fica ai me isperano...
Cada dia eu lembro dum...
E vórto aqui te contano!
U’a Tutinha injeitada...
Virô uma galinhona...
De preto e branco, pintada...
Ela era de tupete...
E tamém era brincuda...
Mais era tão mansinha...
Era uma coisa bisurda!!
Ela botava quinze ovo...
Pra depois impirriá!!!
E quando parava de pôr
Já cumeçava chocá...
Dava gosto a gente vê...
Toda aquela ninhada...
Minha Tuta tão brincuda...
Parece que o seu tupete, ingomava!!!
Seus brincos era uma cachópa
Que ficava balançano...
Quando ela tava choca...
Seu brinco eu ficava pegano!!!
Ela pariu tantas veiz...
Que até parei de contá!!
Minha Tuta foi... Enveieceno...
Parano intão de botá!!!
A mãe tava pesadona...
Que num cabia nas rôpas!
Cumeçô separá galinha...
Que é pra depois fazê sopa!!!
Minha Tuta tava no meio...
Das galinhas e das frangas...
Quando injuasse de sopa...
Galinha virava canja!
Um dia de madrugada
A minha mãe discansô...
Matáro a minha Tuta...
Numa sopa ela virô!!!
Num como sopa te hoje...
Chego inté rupiá!!!
Só de pensá na minha Tuta...
Da vontade de chorá!!!
Êh!!! Computadô!!!
Grande dor foi queu senti...
Me sumiu o apitite...
Nada, nada eu cumí!!!
Tomei raiva da minina,
Ca minha mãe tinha tido...
Foi porque ele foi nasce...
Que conteceu o ocorrido!!!
Mais o tempo foi passano,
Ele dá jeito em tudo...
Hoje eu gosto da minha mana...
E gosto dela abisurdo!!!
Morre uma Tuta vem outra...
A vida é menmo assim...
Hoje eu sou satisfeito...
Ela deu o computadô pra mim!!!
E cocê ieu bato papo...
Ocê ta sempre miscutano...
Dêxo aqui o meu abraço,
Do seu amigo, Minerâno...
Depois te conto mais causo...
Fica ai me isperano...
Cada dia eu lembro dum...
E vórto aqui te contano!
A CONVERSA DO MINERÂNO...
A Metade é Mineiro...O resto é Goiano!
Eu vim hoje aqui, amigo,
Mode unóis dois pruziá!!!
Eu e ucê computadô...
Ninguém vai atrapaiá!
Vô iscrevê divagazin...
E ninguém vai iscutá...
Assunto de pé de ovido...
Só prucê eu vô contá...
Computadô sou minero...
Nascido lá no sertão...
Quando nada mais deu certo,
Me mudei de região!
Me mandei lá pra Goiais...
Dicéro que era bão!!!
Mió que mina gerais...
Eu fui pra lá intão!
Purisso hoje eu sô,
Mei minero mei goiano...
E o resto da história...
Já vô logo te contano!
Chegano lá no goiais,
Eu resorví me casá...
Mais pra isso cuntecê,
Percisava namorá!
Namorei ca Filisbina
E logo me enrabichei!!!
O pai dela era brabo...
Veiaco eu já fiquei!
Eu já quiria levá
A Filisbina prum canto...
Era tudin no iscundido...
Seu pai me achava um santo!
Num dia bem de tardinha...
Cum ela fui passiá...
Dirrubei ela nas pedra...
E... O resto num vô contá!!!
Intão o veio passo,
Foi a mão na carabina...
- Num pensa que vai dexá...
- Minha fia na ruína!!!
Isso deu um ribulissu...
Cum ela tive que casá!!!
O pai dela era brabo...
Eu num pude iscapá!!!
Quece negóço meu fio...
De jogá ela no chão...
A coisa ficô bem feia...
Tem que vê que barrigão!!!
Dessa barriga tão grande,
Nasceu um bacurizinho...
Metade dele é goiano
Metade e minerinho!!!
Tudo ficô nos conforme
O meu erro arreparei...
Tô filiz ca Filisbina
Ela tamém, por sua veiz!
Óia aqui computadô
Cê pensô que era bestêra,
O que eu ia te contá...
Mais era só brincadêra!
Eu sô menmo assim,
Causo bão eu num enjeito...
Socê me quizé contá um,
Eu vô ficá sastifeito!
Eu vortarei corqué dia,
Fica ai me isperano...
Pra nóis batê ôto papo...
Contá mais causo goiano!
Me conta tamém um causo
Dessa Internet ai...
Me conta um causo bão...
Purquê tamém quero ri!!!
Zé Ruffino.
Eu vim hoje aqui, amigo,
Mode unóis dois pruziá!!!
Eu e ucê computadô...
Ninguém vai atrapaiá!
Vô iscrevê divagazin...
E ninguém vai iscutá...
Assunto de pé de ovido...
Só prucê eu vô contá...
Computadô sou minero...
Nascido lá no sertão...
Quando nada mais deu certo,
Me mudei de região!
Me mandei lá pra Goiais...
Dicéro que era bão!!!
Mió que mina gerais...
Eu fui pra lá intão!
Purisso hoje eu sô,
Mei minero mei goiano...
E o resto da história...
Já vô logo te contano!
Chegano lá no goiais,
Eu resorví me casá...
Mais pra isso cuntecê,
Percisava namorá!
Namorei ca Filisbina
E logo me enrabichei!!!
O pai dela era brabo...
Veiaco eu já fiquei!
Eu já quiria levá
A Filisbina prum canto...
Era tudin no iscundido...
Seu pai me achava um santo!
Num dia bem de tardinha...
Cum ela fui passiá...
Dirrubei ela nas pedra...
E... O resto num vô contá!!!
Intão o veio passo,
Foi a mão na carabina...
- Num pensa que vai dexá...
- Minha fia na ruína!!!
Isso deu um ribulissu...
Cum ela tive que casá!!!
O pai dela era brabo...
Eu num pude iscapá!!!
Quece negóço meu fio...
De jogá ela no chão...
A coisa ficô bem feia...
Tem que vê que barrigão!!!
Dessa barriga tão grande,
Nasceu um bacurizinho...
Metade dele é goiano
Metade e minerinho!!!
Tudo ficô nos conforme
O meu erro arreparei...
Tô filiz ca Filisbina
Ela tamém, por sua veiz!
Óia aqui computadô
Cê pensô que era bestêra,
O que eu ia te contá...
Mais era só brincadêra!
Eu sô menmo assim,
Causo bão eu num enjeito...
Socê me quizé contá um,
Eu vô ficá sastifeito!
Eu vortarei corqué dia,
Fica ai me isperano...
Pra nóis batê ôto papo...
Contá mais causo goiano!
Me conta tamém um causo
Dessa Internet ai...
Me conta um causo bão...
Purquê tamém quero ri!!!
Zé Ruffino.
terça-feira, 13 de abril de 2010
A sodáde ...eu e... a viola!
Chora viola marvada! Coração cê num tem grade!
Pá vivê assim tão preso! mueno a dôr da sodáde!
Quande cê geme ...viola! Quêce acórde bunito...
Meu coração disfalece... Nua sodáde isquisita!
É que meu amôr foi simbóra... Dexano eu margurado!
Chorano triste...suzin!Nesse triste...discampado!
Cansô de vivê nu mato... Se mandô lá pa cidade...
Viu dizê que lá que é bão... DEXÔ EU ABANDONADO!
Inté as criação sintiu... Impacô... Num qué cumê...
CÊ VÓRTA PRÁ CASA LUCENA... Tô cum sodáde docê!
Peito chora angustiado... Aligiria foice imbora...
Coração amargurado... Pensa co peito...é gaiola!
Purissu cáto a viola... As mágoa bóto pra fóra...
De tristeza já nem durmo... Só pinicando a viola...
Eu fica aqui ca minhas moda... Canto choro até durmí!
Vô compono os meus puemas... Pá podê pô eze aqui!
Por hoje é só, meu povo... O fim do ano chegô...
Quem sabe ano que vem... Tamêm me chega um amôr!
zé ruffino.
Pá vivê assim tão preso! mueno a dôr da sodáde!
Quande cê geme ...viola! Quêce acórde bunito...
Meu coração disfalece... Nua sodáde isquisita!
É que meu amôr foi simbóra... Dexano eu margurado!
Chorano triste...suzin!Nesse triste...discampado!
Cansô de vivê nu mato... Se mandô lá pa cidade...
Viu dizê que lá que é bão... DEXÔ EU ABANDONADO!
Inté as criação sintiu... Impacô... Num qué cumê...
CÊ VÓRTA PRÁ CASA LUCENA... Tô cum sodáde docê!
Peito chora angustiado... Aligiria foice imbora...
Coração amargurado... Pensa co peito...é gaiola!
Purissu cáto a viola... As mágoa bóto pra fóra...
De tristeza já nem durmo... Só pinicando a viola...
Eu fica aqui ca minhas moda... Canto choro até durmí!
Vô compono os meus puemas... Pá podê pô eze aqui!
Por hoje é só, meu povo... O fim do ano chegô...
Quem sabe ano que vem... Tamêm me chega um amôr!
zé ruffino.
vaca malhada
Num domingo à tardinha
Encilhei o meu cavalo
E fui o gado ajuntá!
Chegano lá no banhado
Cortô meu coração
Da cena que lá eu vi!!!
Minha vaquinha malhada
No chão tava istirada...
E tava mortinha à coitada...
E em seu corpo um cobrão
Enrolava-lhe todinha...
Uma enorme sucuri!!!
Minha vaquinha estimada
Teve aquela triste sina...
De morrer toda enrolada...
A cobra lhe quebro toda...
E quando ia inguli...
Eu entrei em ação!!!
Passei a mão na carabina
A minha vaca essa cobra
Num vô dexá inguli!!!
Foi o fim da vaquinha Malhada
Vaca de istima na invernada...
Igual aquela, nunca mais pussuí!!!
A sucuri eu matei
O gosto de comer a Malhada, não dei!
Deixei no chão espichada...
Também o seu coro tirei!
Fiz um laço de treis braças...
Pra juntar minhas rêis!
E o couro da vaca Malhada
Também eu levei para casa,
Virô um tapete de sala!
Meu piá brinca em cima...
Nem de longe ele imagina
A dor que o pai inda sente!!!
Da minha vaquinha Malhada
Só restô menmo lembrança...
E seu coro enfeitando a sala!!!
Meu coração inda dói...
Quando lembro como foi
Que minha Malhada morreu!!!
A vida é menmo assim...
Vaca vai... Vaca vem!
Num adianta recramá...
Me restô a bizerrinha...
Que injeitada vô criá!!!
Até noutra vaca virá...
Ela tamém é bunita
Num tem porque duvidá...
Vô agora tê mais cuidado...
Pra outro sucuri num pegá!!!
Num deixo a vaca ir pro brejo..
Pra depois num tê que chorá!!
Encilhei o meu cavalo
E fui o gado ajuntá!
Chegano lá no banhado
Cortô meu coração
Da cena que lá eu vi!!!
Minha vaquinha malhada
No chão tava istirada...
E tava mortinha à coitada...
E em seu corpo um cobrão
Enrolava-lhe todinha...
Uma enorme sucuri!!!
Minha vaquinha estimada
Teve aquela triste sina...
De morrer toda enrolada...
A cobra lhe quebro toda...
E quando ia inguli...
Eu entrei em ação!!!
Passei a mão na carabina
A minha vaca essa cobra
Num vô dexá inguli!!!
Foi o fim da vaquinha Malhada
Vaca de istima na invernada...
Igual aquela, nunca mais pussuí!!!
A sucuri eu matei
O gosto de comer a Malhada, não dei!
Deixei no chão espichada...
Também o seu coro tirei!
Fiz um laço de treis braças...
Pra juntar minhas rêis!
E o couro da vaca Malhada
Também eu levei para casa,
Virô um tapete de sala!
Meu piá brinca em cima...
Nem de longe ele imagina
A dor que o pai inda sente!!!
Da minha vaquinha Malhada
Só restô menmo lembrança...
E seu coro enfeitando a sala!!!
Meu coração inda dói...
Quando lembro como foi
Que minha Malhada morreu!!!
A vida é menmo assim...
Vaca vai... Vaca vem!
Num adianta recramá...
Me restô a bizerrinha...
Que injeitada vô criá!!!
Até noutra vaca virá...
Ela tamém é bunita
Num tem porque duvidá...
Vô agora tê mais cuidado...
Pra outro sucuri num pegá!!!
Num deixo a vaca ir pro brejo..
Pra depois num tê que chorá!!
Lampião
Eu vô contá procêis
História de Lampião!
Cabra retado da peste...
Home macho do sertão!
O negócio dele era na bala...
No revórve ou no facão!
Se argúem o disafiasse,
Caía mortinho, no chão!
Seu nome era Virgulino,
Cum ele ninguém pudia!
Namorou uma cabocla
Cujo nome era Maria,
Ele era apaxonado,
Cum ela ninguém bulia!
Mexer cum Maria bunita...
Pode crer... Bala ingulia!
Num intendo esse negóço
Desse povo revortoso...
Mais eu sei que Lampião
Era um cabra pirigoso!
Fiquei sabeno isturdia...
Que ele foi evangelizado...
Pelo missionário Jotinha...
Ele num morreu inganado!
Quem sabe se arrependeu...
Iantes de morrer...De repente foi salvo...
Dispois que vamos saber!
Vamo parár de fala nele...
Vamu mudar de assunto...
Eu tamém num tô quereno...
Tão cedo virá difunto!
Vamu falá douta coisa
Porque esse já morreu...
Ta discansano in paiz...
Ele discansô com os seus!
Já morreu a jagunçada
O sertão todo tremeu!
Nunca viram tantas balas...
Mais discanso ao povo deu!
Acabou-se Virgulino,
Mais a sua lenda não...
O povo agora tem paiz...
Nos cafundós do sertão!
Mais cabra macho que nem ele...
No sertão num tem mais não!
De que adianta ser brabo...
E morar dibaixo do chão!?
0,Acabou-se os revortoso...
A paz intão retornou...
Num sei detalhe da história...
O causo aqui terminô!!!
História de Lampião!
Cabra retado da peste...
Home macho do sertão!
O negócio dele era na bala...
No revórve ou no facão!
Se argúem o disafiasse,
Caía mortinho, no chão!
Seu nome era Virgulino,
Cum ele ninguém pudia!
Namorou uma cabocla
Cujo nome era Maria,
Ele era apaxonado,
Cum ela ninguém bulia!
Mexer cum Maria bunita...
Pode crer... Bala ingulia!
Num intendo esse negóço
Desse povo revortoso...
Mais eu sei que Lampião
Era um cabra pirigoso!
Fiquei sabeno isturdia...
Que ele foi evangelizado...
Pelo missionário Jotinha...
Ele num morreu inganado!
Quem sabe se arrependeu...
Iantes de morrer...De repente foi salvo...
Dispois que vamos saber!
Vamo parár de fala nele...
Vamu mudar de assunto...
Eu tamém num tô quereno...
Tão cedo virá difunto!
Vamu falá douta coisa
Porque esse já morreu...
Ta discansano in paiz...
Ele discansô com os seus!
Já morreu a jagunçada
O sertão todo tremeu!
Nunca viram tantas balas...
Mais discanso ao povo deu!
Acabou-se Virgulino,
Mais a sua lenda não...
O povo agora tem paiz...
Nos cafundós do sertão!
Mais cabra macho que nem ele...
No sertão num tem mais não!
De que adianta ser brabo...
E morar dibaixo do chão!?
0,Acabou-se os revortoso...
A paz intão retornou...
Num sei detalhe da história...
O causo aqui terminô!!!
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